Damasco, capital da Síria, foi reconhecida em 2008 como a Capital Árabe da Cultura. E não é por acaso. Mais capital do mundo a ser habitada desde a sua fundação, no segundo milênio a.C (Antes de Cristo), Damasco recebe diariamente turistas e peregrinos muçulmanos de diversos países. O local é sagrado para os xiitas radicados no Irã e para a maioria sunita.
Construída no ano 705, a Mesquita de Omayyad ainda
guarda mosaicos e minaretes de sua construção original. O local também foi palco de batalhas. Diversas marcas de balas estão cravejadas em suas colunas. Sua construção aproveitou colunas e arcos romanos que haviam também sido utilizadas para erguer uma antiga igreja bizantina no mesmo local.
Nessa que é a principal mesquita da cidade, se encontra a tumba de Saladino, o principal líder árabe durante a Guerra Santa e vencedor de diversas batalhas contra os cruzados cristãos por volta do ano 1100 depois de Cristo. O mausoléu é datado de 1193 D.C.
A Cidade Velha, também guarda importantes histórias e construções Cristãs. Foi ali que os discípulos tiraram São Paulo por uma janela, para que ele fugisse dos seus perseguidores. No lugar, foi construída a capela de São Paulo.
A parte antiga de Damasco é cercada por muralhas bem preservadas com mais de dois mil anos de história. Dentro da cidade velha há inúmeros vestígios das mais variadas civilizações que ali surgiram, venceram e declinaram. Colunas e arcos romanos, igrejas bizantinas e grandes mesquitas. Há registros de moradores desde cinco mil anos antes de Jesus Cristo.
Todo seu legado histórico, porém, não foi capaz de alavancar o seu potencial turístico. Embora receba milhares de turistas todos os dias – curiosamente, a maioria sul- coreanos e italianos -, Damasco não apresenta boas condições para receber os visitantes.
Há bons restaurantes na cidade antiga, mas o sítio é carente de um bom centro de informações e os hotéis deixam a desejar. Poucas são as placas ilustrativas que ainda restam para ser vistas em meio a um intenso e aromático mercado medieval.
O idioma árabe é predominante. Parte considerável da população reluta em falar ou não aprendeu o inglês, idioma recorrente em todo o Oriente Médio. Devido à histórica aliança com o vizinho Líbano, é possível encontrar quem prefira a língua falada na França, país que colonizou Síria e Líbano mas que perdeu a luta pela independência com o apoio da Inglaterra. |